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Já nos primeiros minutos do 1º Dia de Greve do Intermat (28), clientes do Instituto solicitavam serviços aos servidores da autarquia, que logo cedo estavam mobilizados na porta do órgão, esclarecendo à população os reais motivos da deflagração do movimento grevista. A greve foi deflagrada no último horário comercial da quinta-feira (27) pelo não cumprimento do acordo feito com o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, que não deu resposta concreta nem oficializou justificativa para tal. O assessor especial da Casa Civil, Cláudio Campos, compareceu ao prédio do Intermat e conversou com a presidente do SINTAP/MT, Diany Dias, com o Ofício 599/15 alegando a ausência do gestor governamental face à questões pessoais e assegurando que nesta semana Taques retomará as conversas com a categoria. Diany Dias exigiu prazo para soluções e Campos garantiu que retornaria ainda no mesmo dia, contudo, ninguém do órgão retornou ao Intermat.

Assessor - Os servidores se mobilizaram em frente ao Intermat durante toda a sexta-feira, e pela manhã o assessor especial da Casa Civil, Cláudio Campos compareceu ao Instituto, conversou com a presidente do SINTAP/MT, Diany Dias, e com o Ofício do órgão para o sindicato justificou a ausência do secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, com “questões pessoais” no referido documento. Na conversa ele mencionou o mal súbito ocorrido com a esposa do gestor, a qual se encontra internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Documento - No ofício entregue à presidente do SINTAP/MT, consta o motivo alegado pelo assessor, ou seja, “’questões pessoais’ que o impediram de dar cumprimento às agendas anteriormente marcadas”, e acrescenta que “Taques em momento algum se furtará a debater os temas relativos à categoria, só que não podendo afazer no decorrer dessa semana; e com o compromisso de dar continuidade a todas as conversações até o momento mantidas, salientando que na próxima, tão logo supere o referido momento, o secretário retomará as conversas com os servidores, se comprometendo em atende-los tão logo retome sua rotina”, relatou o documento, mas sem mencionar data.

SINTAP/MT – “Queremos soluções, e para estas, ao menos um prazo, data certa para que elas se efetivem. O Intermat sofre há anos todas essas problemáticas, assim como a sociedade que utiliza seus serviços, e nada foi feito até o momento. Em âmbito estrutural, o prédio se encontra da mesma forma, mesmo após três vistorias realizadas pelo Crea e o Corpo de Bombeiros, com laudos que condenam a estrutura física da sede, e as imagens destas entidades e o dossiê feito pelo SINTAP/MT denotam a crítica realidade do local, o que justifica as Condições Dignas de Trabalho. No que tange a Recursos Humanos, o Instituto está desfalcado, com apenas 71 servidores públicos e pouco mais de 50 trabalhando por conta de licenças e outras formas de afastamento, sem falar nos mais de 30 que em breve estarão se aposentando, reduzindo na metade os trabalhadores efetivos do órgão, por isso a reivindicação de Concurso Público. E a terceira pauta da greve, a autonomia financeira para o Intermat, uma vez que, enquanto ‘autarquia’ é direito adquirido que nunca saiu do papel, e o orçamento do Instituto sempre ficou na Conta Única do Estado, mas, no que tange ao financeiro dispensado ao órgão, apenas R$ 45 mil mensais não custeiam as inúmeras demandas pertinentes à autarquia”, explicou a presidente Diany Dias.