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Venda ilegal de madeira da Floresta Amazônica é descoberta pelo Ibama

12/09/2014
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Esquema de fraude envolve madeireiras de São Paulo e Mato Grosso do Sul e a maioria das empresas não existia nem de fachada.

Um esquema ilegal de venda de madeira, descoberto pelo Ibama, revela uma fraude absurda: documentos obtidos pelos fiscais mostram que São Paulo exportava madeira da Floresta Amazônica para Mato Grosso do Sul. A maioria das empresas que fazia o transporte clandestino da madeira não existia nem de fachada. Elas serviam apenas para driblar a fiscalização e emitir documentos que justificassem a fraude.

 

 É com a venda da madeira de lei que muitos fazendeiros e grileiros conseguem dinheiro para eliminar o resto da mata e abrir novas áreas de plantio. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), só no ano passado mais de três mil quilômetros quadrados de florestas desapareceram na Amazônia, uma área duas vezes maior que a cidade de São Paulo. Boa parte da madeira de lei é retirada ilegalmente.

Durante a operação do Ibama, foram analisados os documentos de compra e venda de 30.750m³ de madeira. É como se as empresas de Mato Grosso do Sul e de São Paulo tivessem movimentado 1.025 caminhões, transportando essa carga pelas rodovias. Porém, era uma movimentação apenas virtual para legalizar madeira cortada clandestinamente.

Em Mato Grosso do Sul, das 28 madeireiras fiscalizadas, 11 eram de fachada: não tinham pátio nem madeira no estoque. Cinco eram fantasmas, não tinham sequer escritório. Em Ponta Porã, por exemplo, um imóvel vazio, com placa de aluguel, é o endereço da empresa A. S. Coelho. No local, não há uma única tábua.
A situação no estado de São Paulo é ainda pior: das 14 empresas fiscalizadas, 11 eram fantasmas. Em um prédio de escritórios, no centro de Mogi das Cruzes, deveria funcionar uma madeireira, mas ninguém nunca ouviu falar dela .

Desde 2013, a empresa registrou a compra de quase 800 m³ de tábuas e vigas de uma empresa de Mato Grosso do Sul e informou ter vendido mais de 500m³ para outra empresa fantasma desse estado. Porém, de acordo com o Ibama, as entregas nunca aconteceram.

As operações serviram apenas para justificar a emissão de Documentos de Origem Florestal (DOFs), obrigatórios para o transporte de madeira. "É uma movimentação de créditos que tem a finalidade de regularizar madeira irregular", explica Joanice Battilani, chefe da Fiscalização do Ibama.

 

Durante as investigações, uma situação absurda chamou a atenção dos fiscais: só no ano passado, as 14 madeireiras de São Paulo declararam ter exportado para o Mato Grosso do Sul oito mil m³ de madeira. "O correto seria o inverso, Mato Grosso do Sul movimentando no sistema madeira para São Paulo, porque São Paulo é um grande centro consumidor e não produtor de matéria prima floresta", afirma Joanice.

 

O Ibama autuou 28 madeireiras do Mato Grosso do Sul e de São Paulo. Foram mais de R$ 2 milhões em multas.
 

 


Autor/Fonte: G1


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