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“A CSB cumpre hoje um papel importante e diferenciado em meio às centrais sindicais do país e marca sua posição”.  A avaliação é o ex-ministro Carlos Daute Brizola, que participou da reunião da CSB junto aos seus dirigentes, inclusive a presidente Diany Dias. A opinião é uma extensão do que também pensa os demais representantes sindicais presentes, sobre a atuação da Central desde que chegara em Brasília nesta semana (4 a 6), em mobilização contra as MP’s 664 e 665; isto, apesar da aprovação da MP 665 na última quarta-feira (6).

Para os dirigentes sindicais a CSB marcou posição enquanto Central, o que levou-os a parabenizar os companheiros que atuaram neste sentido desde o aeroporto, bem como nas visitas aos gabinetes de deputados e senadores, Galeria, Salão Verde, e nos próprios corredores da Câmara e do Senado Federal, em que deparavam com os parlamentares em meio à mobilização com cartazes que conscientizavam quanto às consequências das MP’s  aos trabalhadores, no que tange à supressão de direitos como seguro desemprego, abono e seguro defeso.     

OPINIÃO GERAL

Identidade - “O que viemos fazer em Brasília foi bem feito e bem representado, e a ação foi muito importante para nossa identidade, pois mesmo enquanto uma nova central marcamos nossa posição de forma muito clara em relação às Medidas Provisórias 664 e 665, mostrando que esse é o caminho nosso, em que o objetivo foi atingido quanto ao papel a ser cumprido aqui. E aqueles que se sacrificaram deixando seu sindicato e estado para virem contribuir, estão todos de parabéns, porque a Central marca um ponto importante nessa caminhada contra as MP’s que tramitam no congresso”, avaliou-se de forma geral, partindo do presidente da CSB, Antônio Neto aos demais dirigentes em seus pareceres.

MTE

Vanguarda -  O suplente de deputado federal, Carlos Daute Brizola (PDT), agradeceu a todos os companheiros que atuaram em Brasília, avaliando que a CSB começa a marcar uma posição que ele considera muito importante no meio sindical brasileiro, uma vez que a Central se mostra na ‘vanguarda’ no processo de defesa dos direitos dos trabalhadores, uma vez que cumpre hoje um papel diferenciado em meio às centrais sindicais, pois apoia as ações do governo – em nível executivo, legislativo e judiciário  - que são favoráveis sãos trabalhadores; mas também tem a coragem quando o governo apresenta propostas que retiram os direitos dos trabalhadores, como é o caso das MP’s 664 e 665 que estão na pauta do congresso; ou seja, se posiciona independente do apoio que tenha o governo, pois seu compromisso maior é com a classe trabalhadora.

Adesismo - “Ao mesmo tempo, não se confunde a CSB com as centrais que hoje escolheram o outro lado, das forças conservadoras, que sempre agiram contra os trabalhadores; centrais que, ou estão num adesismo que não tem limites em relação ao governo, e apoiam ou pelo menos se omitem de questões importantes com é o caso destas MP’s, ou de outras centrais que na verdade estão muito alinhadas à oposição e querem simplesmente fazer o jogo político de desgastar o governo, mas sem o compromisso verdadeiro com a classe trabalhadora, até porque o lado político que eles decidiram participar foi um lado que quando teve no governo foi muito duro com os trabalhadores brasileiros”, comparou o ex-ministro.

MP’s – “É inquestionável porque são medidas que retiram os direitos dos trabalhadores: o seguro desemprego, o abono e o seguro defeso; principalmente em relação ao seguro desemprego que atinge aproximadamente 60% dos trabalhadores que hoje têm direito à este benefício; uma retirada drástica de direitos num momento em que a atividade econômica está se retraindo e começamos a ver muitos contratos suspensos, férias coletivas e provavelmente começarão a haver demissões. Então, justamente no momento em que o trabalhador mais precisa desse amparo do seguro desemprego, o governo assina com essa retirada de direitos. Estamos vivendo um processo da nossa economia que não podemos deixar de ficar atentos, pelo grande retrocesso de conquistas como a redução de desemprego, o aumento da massa salarial dentro do governo da nossa economia, e agora o governo está sendo obrigado a retroagir. E a CSB cumpriu um papel muito importante em Brasílila,  alertando e mobilizando um grande número de parlamentares e partidos que têm compromisso com a classe trabalhadora, o que dificulta a aprovação de medidas como estas. E ainda, a Central tem um papel importantíssimo a contribuir pra esse governo, e não deixar que ele se perca nessas diretrizes liberais que alguns ministros tentam colocar”, finalizou Carlos Daute Brizola.