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Servidores do Indea podem contar com assistência social em momentos difíceis

13/09/2018
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Na gestão de Daniella Bueno o trabalho está se reestruturando

 

Na última semana a presidente do Sintap, Rosimeire Ritter, em pleno feriado de 7 de setembro, tirou um tempo para visitar o subdelegado de Água Boa, Vagner Bernardes de Souza, que esteve internado em Cuiabá. Na ocasião, ela conta que ficou preocupada pelo fato de o amigo não ter avisado ao setor de Serviço Social do Indea sobre sua condição para que a Autarquia pudesse dar algum tipo de assistência neste momento. “Muita gente não sabe, mas temos no quadro do Indea, Assistentes Sociais para ajudar nessas ocasiões de doença”, alertou a gestora sindical. Diante disso, ela pediu matéria sobre como é este serviço e como ele funciona. O que se apurou é que está deficitário neste momento com apenas uma de duas profissionais desta área atuando, e basicamente, atendendo outras demandas não específicas, na maior parte do tempo. Ela é Maria Justina Miranda Machado (foto), delegada do Sintap na Central do Indea.

 

Diz o ditado que: “uma andorinha só, não faz verão”, contudo no caso do atendimento do serviço social dentro do Indea, é o que tem tentado fazer a única encarregada deste árduo trabalho. Justina, como é mais conhecida, conta que de acordo com a Lei de Carreira é Analista Estadual de Defesa Agropecuária, com perfil Assistente Social, sendo as demais colegas da Carreira da Secretaria de Estado de Gestão (Seges). Ao todo são duas Assistentes Sociais para atender 880 servidores da autarquia, porém, a outra profissional no momento, encontra-se afastada por motivo de saúde.

 

A informação é que ela, após o período da referida licença, não retornará ao Indea, pois solicitou remoção para outro órgão. Então, será só Maria Justina nesta função. E agora com o agravante de haver mais servidores do que quando ela começou a trabalhar na autarquia, quando somavam 500 pessoas e agora são 880. “No Indea acompanhamos mais o atendimento de Perícia. Fazemos o controle das licenças com dados estatísticos trimestrais, mas, de uns dois anos para cá, paramos de fazer porque fomos absorvidas totalmente pelo trabalho cartorial da Gestão de Pessoas, especificamente da Gerência de Provimento e Manutenção. Como nosso gestor anterior (Guilherme Nolasco) à atual (Daniella Bueno), dizia: que antes dele a Gestão de Pessoas era a “sala de estar” do órgão, e que por isso, pôs a gente (Justina, a outra assistente e uma psicóloga) para “trabalhar”, a essência do trabalho se perdeu”, disse ela.

 

De acordo com a Assistente Social, com essa atitude e redução de pessoal no setor, o grupo passou a fazer: Enquadramento, Avaliação de desempenho, folha de pagamento de estagiário, abono de permanência, averbação de tempo de serviço, entre outros. Justina participa ainda em duas Comissões de Processo Administrativo Disciplinar, trabalho que atende também desde o ano de 2013, junto à Controladoria Geral, estando segundo ela, prestes a finalizar o último processo, encerrando também essa atividade. “Assim deixei o hábito de, uma vez que não dá para falar pessoalmente com todos que atendemos - sobretudo os do interior - sempre ficar ligando durante o período que a pessoa está afastada para poder conversar e saber da evolução do tratamento e readaptação ao trabalho. Contudo, depois que a atual presidente assumiu, sentimos uma mudança positiva. Isso já nos possibilitou, inclusive, alguns deslocamentos para acompanhar servidores com problemas. Os problemas não são poucos, e isso tem me feito sentir bastante o peso desta responsabilidade”, comenta.

 

Parece que tudo caminha para melhor. Segundo ela, há uns dois meses foram sendo retirados aos poucos esses trabalhos cartoriais. Tanto que está se sentindo em um reinício de suas funções específicas como uma “caloura”. Justina conta que no Indea, no começo de sua atuação, havia melhores condições para atendimento dos servidores, tanto que avalia ter feito um bom trabalho. “A imagem que tenho hoje, no órgão, foi em função desses trabalhos que consegui fazer e que não foram poucos, porém não são divulgáveis, pois tratam na maioria das vezes de situações pessoais dos colegas, mas isso se perdeu ao longo do tempo. Não acionei o Conselho de Serviço Social para fazer somente o meu trabalho, também porque via o desespero dos meus colegas com acúmulo de serviço. Não tinha como não ajudar”, esclareceu.

 

Ela conta que o trabalho da Assistente Social é muito abstrato. “Ocupa muito a mente da gente, então, eu ficava, muitas vezes no Indea, parecendo não fazer nada, mas com a cabeça cheia. Assim, nestes momentos, eu não via mal algum em ajudar os colegas e acabei fazendo isso e acatando esse modus operandi pelas várias chefias seguidas. Chegou um momento que já não conseguia fazer meu serviço, aliado a este pensamento que citei em que o ex-presidente dizia que meu trabalho era “passar mão na cabeça de servidor”, ou que tínhamos o “hábito de premiar os maus”, demonstrando não dar importância deste trabalho junto ao servidor”, relembrou.

 

Tirando a falta de compreensão do trabalho que agora espera mudar no Indea, Justina sente-se gratificada por conta de todas as pessoas que atendeu e que têm esse reconhecimento para com ela. “Não tenho o reconhecimento de gestor e nem espero, mas tenho o dos atendidos, é o mais importante. Já ouvi depoimentos de colegas que nem lembro como ajudei ou do que conversei, e isso me emociona, porque alguns foram só por telefone, mas para eles foi muito bom ter conversado em determinado momento e me agradecem por isso, e eu não me lembro e tenho vergonha de perguntar, porque a pessoa pode se sentir desmerecida. Então só aceito os agradecimentos e é neste momento que me sinto realizada”, confidenciou.

 

A importância de seu trabalho pode ser medida nos levantamentos de atendimento realizados no último trimestre, foram 50 servidores encaminhados para perícia médica (em conjunto com a psicóloga), 03 servidores em aposentadoria, 03 deslocamentos para acompanhamento social, 1 palestra iniciando trabalhos junto à Unidade Metropolitana, onde se buscará levar as pessoas a refletir sobre: trabalho, mudança, comportamento, relacionamentos e saúde (em parceria com a psicóloga) e 1 mediação de conflito entre servidores. Além disso, subsidiou despachos da Coordenadoria para Ouvidoria Setorial, entre outros, que envolvem a área de Serviço Social, no que tange, principalmente, à viabilização de direitos.

 

Sem dúvida, na opinião da presidente do Sintap, este é um trabalho importante, que deve ser mantido e fortalecido dentro do Indea e que deve ser mais divulgado. Dessa forma, segundo Ritter, os servidores poderão sentir que têm como contar com pessoas como Justina, que vai ajudá-los na manutenção de sua qualidade de vida e passar por essa fase de forma mais tranquila.

 

Serviço

 

Quem precisar do Serviço Social do Indea basta solicitar por escrito pelo e-mail: cogesp@indea.mt.gov.br.


Autor/Fonte: Adriana Nascimento – Assessoria Sintap


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