Caramujos africanos infestam bairro Morada do Ouro Destaque

Segunda, 13 Junho 2022 16:53 Escrito por  tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte

Eles sobem muros, invadem casas, atacam e destroem plantações, inclusive mandioca, batata-doce e as flores em geral. Além disso, são perigosos e podem transmitir doenças como a barriga d’agua e a meningite. Apesar disso, os caramujos africanos estão presentes em Mato Grosso há décadas, e em Cuiabá continuam se reproduzindo desenfreadamente, aproveitando-se da infinidade de terrenos baldios e lixo esparramados. Em dias ensolarados desaparecem, mas basta um dia de chuva para reaparecerem aos montes, inclusive ao redor e até no pátio do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap/MT), onde não há mais matagal e nem sujeira.

Um animal sem predador natural, que libera de 200 a 500 ovos de uma só vez e transmite doenças. Esse é o caramujo africano, presente em jardins e terrenos, e que impõe um grande desafio para ser eliminado.
O que fazer para acabar com esses moluscos indesejáveis? Ninguém sabe exatamente, ou pelo menos todas as tentativas feitas até hoje demonstraram que não foram suficientes. Jogar sal? Juntar os caramujos e tocar fogo? Isso funciona, mas nunca deteve a proliferação, mesmo porque é muito difícil sair juntando os caramujos um por um, difícil e perigoso, pois podem transmitir doenças.

Segundo autoridades sanitárias, a simples manipulação desses moluscos vivos pode causar contaminação, pois dois tipos de microorganismos perigosos são encontrados em sua secreção. O Ministério da Saúde tem recomendado que as ações de combate ao Caramujo Africano sejam executadas apenas por adultos, devidamente protegidos. Crianças não devem manipular os moluscos uma vez que as doenças podem ser transmitidas facilmente.

A cada 2 meses, um caramujo põe 200 ovos, e, após 5 meses, os filhotes viram adultos e começam a se reproduzir. O caramujo é hermafrodita, ou seja, ele tem a capacidade de se auto reproduzir e cada bicho desse, durante todo seu ciclo de vida, que gira em torno de um ano e meio, pode reproduzir até dois mil ovos. Sobrevivem o ano todo, se reproduzindo mais rapidamente na época das chuvas; são resistentes à seca e ao frio e sobrevivem em terrenos baldios, plantações abandonadas, sobras de construções, pilhas de telhas e de tijolos. Ao se instalar em hortas e pomares, o caramujo pode contaminar verduras e frutas, e disseminar doenças.

Recomendações

Não abandone ao ar livre as conchas do caramujo gigante africano sem destruí-las, pois as mesmas servirão como criadouros naturais para o mosquito transmissor da dengue e febre amarela.
Recolha os caramujos manualmente, sempre com luvas descartáveis ou sacos plásticos. Para matá-los, deve-se queimá-los dentro de latas ou tonéis. Depois quebrar as conchas e enterrá-las.
Não coloque os caramujos no lixo, pois poderão estar transferindo a infestação. Não use veneno, pois afeta o meio ambiente e não o molusco. Só pegue o molusco se estiver com luvas ou com saco plástico envolvendo as mãos.

Não deixe em seu terreno telhas, tijolos, sobras de construções ou excesso de plantas. Eles servem de criadouros.
A orientação é para que os próprios moradores façam o recolhimento dos moluscos e, munidos de luvas descartáveis para não ter contato com o caramujo, os coloquem em recepientes com tampa.
Lembrem-se: para exterminar este caramujo, é necessário queimá-lo completamente, pois, caso contrário, os vermes continuam no local.

 

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Última modificação em Terça, 14 Junho 2022 15:17
Sintap-MT

Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso.

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