O servidor aposentado do Instituto de Defesa Agropecuária (INDEA/MT) Luiz Benedito de Lima Neto esteve no Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (SINTAP/MT) para uma visita aos atuais gestores.
Além do Indea, ele foi servidor da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER/MT), mas depois que se aposentou não quis ficar de braços cruzados e acabou ingressando na iniciativa privada, onde atua até hoje.
O empresário também é presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Mato Grosso (SENGE-MT) e diretor da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). "Mas o Indea, para mim, foi uma escola muito boa. Como servidor público, trabalhei em dois lugares na minha vida, inicialmente na Empaer e depois no Indea, onde fiquei até me aposentar. Na Empaer eu trabalhava como extensionista, atendendo os produtores rurais e sempre batendo a mão no ombro deles. No Indea, a missão é de fiscalização, de fazer cumprir o que a lei determina. Na extensão rural se trabalhava como um sacerdote, mas com o passar dos tempos o trabalho na Empaer mudou de concepção, antes a gente fazia tudo para o produtor, que só tinha que ir ao banco pegar o dinheiro e executar os projetos, quem liberava o dinheiro eram os extensionistas. Depois, porém, quem passou a liberar os recursos foi o banco, e a capacidade dos extensionistas foi totalmente alterada, restando a eles apenas o papel de tentar convencer, tecnicamente, os produtores. Ou seja, a Empaer acabou perdendo um certo poder junto ao produtor".
Segundo Luiz, a concepção da agricultura é bem clara. "Na Secretaria de Agricultura foi criado o Indea para fiscalizar; a Empaer para dar assistência e transferência de tecnologia; a Casemat para armazenar a produção; a Codeagri para fazer o fomento; a Empa para fazer a pesquisa; e o Intermat para a regularização da terra. Então, a função de cada órgão era bem definida. Quando me mudei da Empaer para o Indea, portanto, deixei a transferência de tecnologia e fui para a fiscalização, e a concepção era outra. Mas acabei gostando mais da fiscalização, porque a Empaer perdeu poder. Trabalhei no Indea por 9 anos e me aposentei em 1987", concluiu ele.
Na visita ao Sintap acompanhado da esposa, o servidor aposentado do Indea foi recepcionado pela presidente do Sindicato, Diany Dias, e pelo diretor-geral, Vânio Brandalise. Também estava presente a servidora do Indea de Campo Verde Denise Martins Garcia.
Luiz Perlato - SINTAP/MT