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Maioria dos deputados estaduais vota contra servidores de MT e aprovam reforma da previdência Destaque

Quinta, 13 Agosto 2020 19:07 Escrito por  tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte

Os servidores públicos realizaram uma carreata pelas ruas do Centro Político e Administrativo de Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (12.08), como forma de protesto a Reforma da Previdência que seria votada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), porém, mesmo com toda a ação organizada, os deputados estaduais aprovaram, em segunda votação, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê mudanças nas regras das aposentadorias dos servidores públicos estaduais.

No total, 16 deputados(Dilmar Dal Bosco (DEM);Xuxu Dal Molin (PSC);Dr. Gimenez (PV); Nininho PSD);Romoaldo Júnior (MDB); Sílvio Favero (PSL); Ulysses Moraes (DC); Wilson Santos (PSDB);
Carlos Avalone (PSDB); Dr. Eugênio (PSB); Valmir Moretto (Republicanos); Pedro Satélite (partido); Eduardo Botelho (DEM); Faissal Calil (PV), Delegado Claudinei (PSL); João Batista (PROS) votaram a favor da reforma, contra 8 votos (Lúdio Cabral (PT), Valdir Barranco (PT), Paulo Araújo (PP), Tiago Silva (MDB), Eliseu Nascimento (DC), Janaína Riva (não lembro o partido), Alan Kardec (PDT) e Max Russi (PSB)) contrários. A proposta já havia sido votada em primeira votação no início de julho e agora segue para ser sancionada pelo governador Mauro Mendes.

Entre as principais mudanças propostas, estão o aumento da idade mínima de aposentadoria de 55 anos para 62 para mulheres, e de 60 para 65 anos para homens. As carreiras da área de segurança e dos professores também ganham regras próprias, se aposentando mais cedo do que as carreiras do regime geral. A aposentadoria compulsória permanece aos 75 anos para todos os servidores.

Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal (Sintap/MT), que representa os servidores do Indea e Intermat, Rosimeire Ritter, a maioria dos deputados traíram os servidores públicos, já que a reforma é um grande golpe contra todos que se dedicam diuturnamente a servir o Estado.

“Muitos desses parlamentares se elegeram com os votos dos servidores públicos, e agora, nos traem dessa forma. É uma vergonha. Estamos todos indignados com essa atitude de alguns que nos deviam lealdade”, afirmou Rosimeire.

Vale ressaltar, que desde 2018, o SINTAP/MT vem montando uma “força-tarefa” com seu corpo técnico para encontrar alternativas que minimizassem os impactos negativos que a Reforma da Previdência iria trazer a todos os servidores do estado de Mato Grosso.

Foram muitos dias de um trabalho árduo da Diretoria Geral em conjunto com a Assessoria Jurídica do sindicato. Inúmeras informações foram levantadas com a confecção de sucessivas tabelas com cálculos atuariais, simulações nas formas de cálculo e projeções com as suas diversas possibilidades de implementação. Os dados levantados foram também trabalhados junto com a equipe que compõe a CPI da Previdência na Assembleia Legislativa sob a presidência do deputado João Batista. “Causa muita estranheza que o deputado João Batista sendo o presidente da CPI da Previdência, analisou todos os dados levantados, constatou que o déficit alegado pelo governo não condiz com a realidade dos estudos apresentados e mesmo assim votou a favor da PEC 6” aponta a presidente do SINTAP/MT.

“Todo o trabalho foi pautado em dados técnicos, os números apresentados provam que a realidade é outra. Mesmo que houvesse déficit a culpa não é do servidor que sempre honrou com sua obrigação, sua previdência sempre vem descontada na fonte, se houve desvios não foi o servidor público. Assim, a estratégia de nossa entidade sindical foi utilizar essas referências técnicas para que a reforma não fosse aprovada sem um estudo sério antes, ou seja, baseando-se apenas em critérios políticos. Dessa forma, a missão desta equipe sempre foi confrontar os dados obtidos com as propostas, demonstrando que algumas situações impostas pelo Governo eram desnecessárias ou irrazoáveis, posto que poderiam ser atenuadas com outras propostas mais moderadas e que trariam resultados com a mesma eficiência sem prejudicar tanto o servidor público”, informou a presidente do Sintap/MT.

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Última modificação em Quinta, 13 Agosto 2020 19:18
Sintap-MT

Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso.

Website.: www.sintapmt.org.br/

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