Governo de MT falta com a verdade sobre saída de Tadeu Mocelin da presidência do Indea Destaque

Quinta, 02 Abril 2020 10:17 Escrito por  tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte

Após exonerar Tadeu Mocelin da presidência do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) o governo do Estado justificou dizendo que ele próprio havia solicitado a saída do cargo, o que foi divulgado no Diário Oficial e em diversos sites de noticia mato-grossense, porém, a declaração é uma inverdade.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de Mato Grosso (Sintap/MT), que representa os servidores do Indea e Intermat, a exoneração de Mocelin ocorreu por retaliação, já que ele se manifestou contra o projeto do governo, aprovado recentemente na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), que retira boa parte dos recursos das agências fomentadoras da defesa sanitária animal para serem direcionadas ao Instituto Mato-grossense da Carne – IMAC.

Conforme o projeto em questão que resultou na exoneração dos diretores, as receitas decorrentes da Taxa paga pela indústria Frigorífica por animal abatido será totalmente destinada ao IMAC algo em torno de R$ 6.500.000,00 e este fica responsável para repassar ao INDEA/MT apenas 1,12% do valor recolhido. Anteriormente esta taxa se destinava ao FESA em sua totalidade e este ficava responsável em repassar valores em conformidade aos projetos encaminhados pelo INDEA/MT.

“Além de ser uma destinação indevida onde se retira recursos financeiros de uma atividade preventiva para se destinar a propaganda de um produto que poderá se tornar dúbio em virtude da própria fragilidade da defesa agropecuária”, afirmou a presidente do Sintap/MT, Rosimeire Ritter, que alegou ainda que “com a ausência de recursos e um orçamento insuficiente, vislumbramos um cenário caótico para a defesa agropecuária, com fechamento de barreiras sanitárias na fronteira Brasil-Bolívia, suspensão da retirada da vacinação contra a febre aftosa prevista para 2022 e com isso o comprometimento do mercado externo da carne mato-grossense, pois se não tivermos uma defesa forte quem irá garantir a qualidade da carne que produzimos?”.

Sobre essa fragilidade na fiscalizada que ficaria comprometida pela falta de recursos, informada pela presidente do Sintap/MT, o Tadeu Mocelin, na época, conversou com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cesar Alberto Miranda, mas não foi ouvido porque já havia um interesse na destinação do recurso em questão. “Nós fazemos todas as atividades que certificam que a carne possa ser importada com qualidade. E com a perda deste recurso, vi que não tínhamos a condição de fazer as atividades essenciais”, afirma Mocelin, que é servidor do Indea há mais de 22 anos.

Por fim, o Sintap/MT reafirma o comprometimento de Mocelin com a pasta, que inclusive, ele pretendia dar continuidade ao seu trabalho, o qual já era reconhecido pelos produtores e pelo próprio governador.

Assessoria de Imprensa
Sintap/MT

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Sintap-MT

Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso.

Website.: www.sintapmt.org.br/

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