O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de Mato Grosso (Sintap/MT) juntamente com as Centrais Sindicais repudiam veementemente a fala do ministro Rui Costa, em entrevista à rádio Metrópole de Salvador, no dia 11 de março.
Conforme veiculado pelo noticiário, o ministro em uma infeliz fala e sem conhecimento, diz que “há uma tendência à inércia grande, em geral, no serviço público; Digo sempre que quem é Prefeito, Governador, Presidente da República tem que pisar no calcanhar, fungar no cangote para as coisas andarem.”
Ao sugerir que há uma tendência à inércia no serviço público e que os gestores precisam pressionar constantemente os servidores para que as coisas aconteçam, o Ministro Rui Costa demonstra uma profunda falta de compreensão sobre a natureza do trabalho no setor público. Tais declarações são não apenas infundadas, mas também altamente prejudiciais, pois tentam atribuir a culpa pelos problemas nos serviços públicos aos próprios servidores.
É inaceitável que um representante do governo adote uma postura tão depreciativa em relação aos trabalhadores do serviço público, que dedicam suas vidas ao bem-estar da população e muitas vezes enfrentam condições de trabalho desafiadoras para cumprir suas funções da melhor maneira possível.
Temos que ressaltar também que os servidores públicos não são os responsáveis pelos problemas estruturais e de gestão enfrentados pelos serviços públicos no Brasil. Ao contrário do que sugere o Ministro Rui Costa, os profissionais do serviço público são essenciais para o funcionamento do Estado e merecem respeito e valorização.
Repudiamos veementemente as tentativas de estigmatiza
ção e desvalorização dos servidores públicos, e exigimos retratação por parte do Ministro Rui Costa. Além disso, reafirmamos nosso compromisso em defender os direitos e interesses dos trabalhadores do serviço público, lutando por condições dignas de trabalho e pelo reconhecimento da importância deste trabalho para a sociedade como um todo.
Diany Dias
Presidente do Sintap/MT e da Central Sindical de Mato Grosso
