Esta segunda-feira (05.12) marca o Dia do Agente Identificador da Madeira e mais uma oportunidade de lembrar a importância desses profissionais que são o respaldo para a preservação ambiental e manutenção social e econômica para Mato Grosso. A nomenclatura e o ofício, propriamente dito, foram criados, oficialmente, em 5 de dezembro de 1989, através do Decreto 2103. De lá para cá a atividade é responsável por manter a atividade madeireira sobre controle no tocante a fiscalizar rigorosamente o que sai das florestas mato-grossenses. Contudo, com pedido de suspensão solicitado pela base madeireira à Assembleia Legislativa em 2013 e ganho de causa para a volta por duas vezes em 2014 e 2015 é estranho se pensar que, num momento em que os índices de desmatamento são tão altos e a economia estadual vai mal, que não se volte com a atividade o mais rápido possível.
O Identificador da madeira contribui de forma significativa para o desenvolvimento do estado como: o abate da ilegalidade da madeira; contribuição na arrecadação do ICMS; contribuição na pauta no que diz o recolhimento correto da madeira; na preservação do Meio Ambiente e, atualmente a atividade contribui ainda na parte social, que é o extrativismo, na qual muitas famílias vivem da castanha-do-brasil, do pequi, da casca da aroeira para medicamentos e etc.. Então, os extrativistas agradecem por ter uma oportunidade de melhorar a vida.
Vale destacar que essa atividade só existe no âmbito do poder público e, se Mato Grosso não fizer sua parte, isso tudo vai virar história do tipo: “aqui jaz um pé de castanheira”, “aqui jaz um pé de pequiá”. Por isso temos que preservar e o Identificador da Madeira é importantíssimo para o Meio Ambiente.
Outro fator é que a atividade tem por princípio ser feita diariamente e não precisam, necessariamente, ser feita no Distrito Industrial, onde ocorre o atraso na sua volta por conta de o Estado ter alugado o local para uma entidade sindical e diz que está difícil tirá-la de lá para efetuar a volta da atividade. A identificação pode voltar imediatamente a ser feita nos postos fiscais. O Distrito é a parte mais vulnerável. Por isso não vejo a necessidade de criarem esta polêmica de só voltar quando o local estiver liberado. A identificação pode ser feita nos postos Gil ou Jangada, que é a entrada; também em Sonora, no Boiadeiro em Alto Araguaia e em Barra do Garças fechando todas as saídas.
Se for feito no Distrito o madeireiro pode colocar uma madeira regular, pegar a liberação e voltar ao ponto de origem e trocar o produto e vai embora. Daí quando é pego fica como se o identificador fez a verificação errada. Creio que a única coisa que falta para a volta seria a reciclagem dos identificadores para que trabalhem de forma mais incisiva e atualizada pelo tempo que estão parados.
A importância desse trabalho passa também pela cubagem (porosidade das fibras da madeira). Essa medida vai ajudar o Estado a arrecadar certo uma vez que uma madeira mais nobre e, portanto, de maior valor de ICMS, não será confundida com outra de menor valor.
Por isso venho aqui destacar esta data porque sem esse agente Mato Grosso não anda já que Mato Grosso tem um potencial florestal que está se perdendo por conta do impedimento do exercício deste profissional. Somos o celeiro do Brasil e do mundo! Então precisamos trabalhar unidos! Nós, servidores, construímos o Indea, mas a autarquia é superior a todos nós! Todos passam e o Indea fica!
Autor/Fonte: João Batista de Magalhães – Agente do Indea aposentado