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Atualizada - Denúncia aponta que Governo de MT tenta barrar a identificação da madeira

21/07/2017
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Trabalho no Distrito começou sob os olhos do Cipem e falta de estrutura


Denúncia recebida na manhã desta sexta-feira (21.07), pela direção do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), aponta que o governador do Estado, Pedro Taques, ainda luta com todas as forças para impedir o trabalho de identificação da madeira, que voltou a ocorrer nesta data no posto do Distrito Industrial. A reinauguração do local aconteceu na tarde da última quarta-feira (19.07), com direito a descerramento de placa com a data (e que o sindicato constatou que foi retirada no dia seguinte). Contudo, os discursos do secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone e do presidente do Indea, Guilherme Nolasco, na ocasião, já apontavam que, no âmbito estadual, tudo o que puder ser feito para reverter a identificação, será feito sob a análise de que a lei é antiga e a economia madeireira no estado cresceu muito e, por isso, deve ser tratada de forma menos restritiva.

 

Indícios nessa direção puderam ser constatados na visita que o vice-presidente e a diretora jurídica do Sintap, respectivamente, Francisco Borges e Rosimeire Ritter, fizeram ao local na manhã desta sexta-feira. Neste, que foi o primeiro dia de trabalho, fiscais denunciaram terem sido informados de que o governador chamou o presidente do Indea, em seu gabinete, no fim da tarde de ontem (20.07). O motivo seria pedir que não recomeçassem os trabalhos de identificação da madeira. Nolasco, segundo os relatos, por sua vez, disse que não poderia descumprir ordem da Justiça para que o trabalho voltasse nesta data. Não satisfeito, de acordo com o relato, Taques pediu para chamar o Procurador-Geral de Justiça, Mauro Curvo para pedir que este visse a possibilidade de ser criado um Decreto para que a identificação fosse ‘optativa’, como já foi manifestado ser o desejo dos madeireiros em reunião com o governador e deputados em maio deste ano. A informação dá conta de que Curvo foi totalmente contrário a essa medida dizendo que lei foi feita para ser cumprida e também decisão judicial.  

 

A alegação de Taques, segundo os relatos, para que não fosse feita a identificação, é que os servidores do Indea não dariam conta da grande demanda de caminhões. Mesmo diante desse relato os servidores alegam que deram início ao trabalho às 6h ‘cheios de gás’ e força de vontade para tudo dar certo.

 

A pressão veio logo cedo com representantes do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) adentrando ao local para verificar como correriam os trabalhos neste primeiro dia e reclamando com os servidores quanto à demora de um caminhão parado por 17 minutos para inspeção da madeira. Os servidores de plantão informaram que o tempo para identificação não é contabilizado e é utilizado o que for preciso para se ter certeza de que a madeira declarada é a que está na carga verificada. Sendo assim, pode até haver casos de o caminhão ter que ficar no posto o dia todo.

 

Estrutura

 

Outra questão também foi levada aos membros do Sintap, a de que, no local - apesar de o trabalho ter começado às 6h - até 10h30, nenhum policial militar estava de plantão no posto para dar suporte de segurança ao trabalho. Outro problema apontado é relativo à limpeza. O banheiro, nesse horário, já estava fedendo pelo uso. “Parece pouco, mas, em um posto que funciona 24h, é preocupante não ter informação de como será feita a limpeza, uma vez que os servidores não podem parar seu trabalho para fazer este que não lhes compete”, avaliou Borges.

 

Lá também foi constatado que o alojamento é masculino. Mas esse não é um grande problema no momento, conforme o sindicalista, porque não há, ainda, mulheres identificadoras destacadas para os plantões. Porém, como não pode haver discriminação para o trabalho, o fato de ser um alojamento único pode ser um problema no futuro.

 

O responsável pelo posto será o Agente Fiscal Estadual de Defesa Agropecuária Florestal I (Afedaf), Valmon Lucas Dida. O grupo que está de plantão por 11 dias a partir desta sexta-feira no posto do Distrito Industrial vai trabalhar em três turnos de duas pessoas cada e de três na madrugada. É composto pelos Afedafs I: Leonardo Cazoni, Joaquim Julião, Marcos Antonio Couto Campos, Bráulio Garcia, Manoel Douglas Dourado e Elenirson Claudio da Cunha.

 

Outro lado

 

A diretora técnica do Indea, Daniela Soares, não confirmou a denúncia de conversa entre o governador, Nolasco e Curvo. Com relação ao não comparecimento da PM neste primeiro dia, ela disse que foi comunicado o fato ao Comando-Geral pelo presidente do Indea e foi garantido que os policiais estariam no posto do Distrito Industrial a partir da tarde desta sexta-feira.

 

Com relação à retirada da placa ela alega que isso foi feito pelo fato desta ter sido confeccionada errada. O material, segundo ela, não duraria. Por isso foi retirada para ser colocada uma melhor. A limpeza ainda demora até segunda-feira para começar. A informação de Soares é que foi feita licitação e a empresa vencedora não consegue pessoal para começar neste dia 21, somente no dia 24. Enquanto isso faxineiros de outros locais do Indea vão fazer a limpeza no posto.

 

O alojamento é masculino, segundo ela, porque em todo o Estado há apenas três mulheres identificadoras. Mas estas não serão discriminadas, daqui 90 dias terão início identificações nas saídas para Barra do Garças e Rondonópolis e elas poderão atuar nesses locais.

Outro lado II

 

O procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo foi procurado pelo Sintap, via assessoria de imprensa para verificar a veracidade da relatada reunião com Taques e a mesma também foi negada.


Autor/Fonte: Adriana Nascimento – Assessoria Sintap

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