O presidente garantiu a eficiência do suporte técnico do Sindesa; por outro lado, os servidores de todo o estado estão na linha de frente do problema que se apresenta em plena campanha de vacinação.
A pane no sistema informatizado Sindesa, do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), que há dias está muito lento e nesta semana literalmente parou de funcionar, é culpa da gestão anterior, segundo comunicado do presidente do Indea, Guilherme Linares Nolasco, enviado aos servidores nesta quarta-feira (27), da qual Agro Olhar teve acesso.
O Sindesa está operando com lentidão desde o dia 10 de abril. Mas na terça e quarta-feira (26 e 27 de maio), o sistema travou, deixando centenas de pecuaristas de várias partes do Estado sem ter como enviar seus animais para os frigoríficos. Com o problema, não é possível emitir a Guia de Transporte Animal (GTA), documento obrigatório para mover o gado entre a fazenda até a unidade de abate.
Nolasco afirmou aos servidores do Indea que o sistema não funciona por falta de conhecimento técnico por parte dos técnicos do próprio instituto e também do Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso (Cepromat). O Sindesa foi construído baseado em uma linguagem de programação chamada “Maker” e nenhum servidor receberá treinamento para solucionar problemas de pane, como é o que ocorre atualmente.
“O sistema do Indea começou a ser desenvolvido há mais de dois anos por uma empresa contratada pelo governo e ao longo desse tempo nenhum programador do Indea ou Cepromat esteve presente ao lado dos programadores para adquirir conhecimento específico da ferramenta para eventuais manutenções”, argumentou Guilherme Linares.
Com essa afirmação, o presidente do instituto “transfere” a culpa do problema para a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). “Acredito estar claro que temos sim a obrigação de resolver o problema, mas não podemos deixar de apontar as causas que nos trazem a crise de hoje”, ressaltou, no comunicado.
Nolasco afirmou ainda que a mesma empresa que desenvolveu o programa que não funciona foi recontratada em caráter emergencial a fim de dar manutenção e estabilidade. “Vamos colocar programadores do Indea e do Cepromat juntos na programação”, disse, completando que está avaliando a contratação de outra empresa para a confecção de um novo sistema, que atenda satisfatoriamente as necessidades do Indea, dos produtores rurais e das indústrias frigoríficas do Estado.
“Paralelamente a isso, estamos indo a outros estados da Federação verificar se podemos trazer uma solução já pronta, para resolver rapidamente a questão”, finalizou o presidente, acrescentando que o atual governo elevou de R$ 9 milhões para R$ 18 milhões o orçamento para custeio do Indea.
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