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Produtores de algodão migram para milho e soja em 2015

13/10/2014
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O fator preponderante é a forte queda nas chuvas.
Pressionada pela ampla oferta e o desaquecimento do mercado, a produção de algodão deve cair 13% nesta safra, com o recuo em torno de 12% na área de plantio. A lacuna será preenchida pelo cultivo de soja e milho, commodities que também seguem com preços em queda.

O cotonicultor do município de Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso, Valdir Jabocowski, conta que o plantio está bem atrasado na região devido à falta de chuvas nas lavouras.

"A água ainda não veio e a previsão é que volte no dia 20 deste mês. Por aqui choveu cerca de 10 mm, enquanto o necessário era entre 40 mm e 50 mm. Com isso, vamos deixar de plantar na melhor época, em janeiro. Se o plantio começar em fevereiro já teremos perda de produtividade, tanto no algodão quanto na soja", diz Jabocowski.

Através do leilão de Prêmio Equalizador de Preço Pago ao Produtor (Pepro) foram comercializadas 498 mil toneladas de algodão, envolvendo recursos de R$ 122,74 milhões do Ministério da Agricultura. No próximo dia 23 haverá mais um leilão.

Mesmo com o auxílio, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso, afirma que a oferta do produto ainda está muito grande. "Precisamos de novos leilões, mas com certeza vamos precisar de mais dinheiro no ano que vem para recuperar o mercado", estima o executivo.

Segundo Jabocowski, o algodão ainda está sendo comercializado por R$ 50 no Mato Grosso, abaixo dos R$ 54,90 fixados como preço mínimo. Para o produtor, mesmo com o Pepro, a "conta não fecha", considerando que os custos de produção vêm aumentando.

Custos

Os custos de produção se destacam como mais um entrave para o cotonicultor. Jabocowski ressalta que o produtor deve desembolsar entre R$ 5 mil e R$ 5,5 mil por hectare para cultivar a terra, diferentemente dos últimos dois anos, que vinham com preços de insumos, como o adubo, mais baixos. "A logística complica ainda mais o cenário. Gastamos entre R$ 15 e R$ 20 só com frete", disse. "A saca que custa R$ 45 aqui, chega no porto a R$ 65. Do Mato Grosso transportamos até Porto Velho, Santos ou Paranaguá", explica o produtor.

Apesar destes problemas, o analista de mercado da consultoria Safras & Mercado, Rodrigo Neves, lembra que em setembro deste ano foram exportadas 147 mil toneladas de algodão, alta de 80% em relação ao mesmo mês de 2013.

Os três principais destinos das vendas externas são Indonésia, China e Coreia do Sul. "Tenho escutado que a qualidade da fibra está um pouco abaixo do esperado, mas mesmo assim rompemos a média das exportações", diz.

Queda generalizada

Para todas as fontes consultadas pelo DCI, o cenário de baixa se estende a todas as commodities. A soja, o grão que tem remunerado melhor o produtor, está no menor patamar dos últimos quatro anos.

"Para os próximos dois anos, pelo menos, a agricultura em geral deve seguir ruim. Nas lavouras de algodão, torço para que o mercado melhore, mas não tenho ideia de quando isso vai acontecer", enfatiza o cotonicultor do Mato Grosso.

Autor/Fonte: Agrolink / DCI - Diário do Comércio & Indústria: Nayara Figueiredo


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