É Importante Saber

MAMOGRAFIA

MAMOGRAFIA: AMOR À VIDA COM PREVENÇÃO EM LEI GARANTIDA  

A mamografia é considerada o melhor exame para rastrear o câncer de mama, a segunda causa de morte entre as brasileiras. Ela consegue detectar uma lesão tão pequena quanto uma ervilha. Como funciona? Abaixo explicamos para você as principais dúvidas.

O que é? Trata-se de um exame feito com um aparelho de raio X chamado mamógrafo, que radiografa a mama para detectar o câncer no estágio inicial, quando as lesões ainda são milimétricas. A técnica adequada exige posicionamento ideal e a maior compressão das mamas, que espalha os tecidos e permite os nódulos não fiquem escondidos. Além disso, quanto maior a compressão, menor a radiação emitida para a pacientes. Quando as mamas são bem comprimidas, algumas pacientes podem sentir maior desconforto e o teste pode causar vermelhidão nas mamas. 

 

Por que trazer os exames anteriores? A comparação com as mamografias anteriores permite a detecção de um número maior de lesões e a diminuição de radiografias complementares. 

 

Qual a diferença entre a mamografia tradicional e a digital? Em termos de eficiência, tanto o método tradicional quanto a versão digital fornecem resultados satisfatórios. A principal diferença é que a técnica computadorizada permite manipular as imagens para melhorar a visualização, além de dispensar a repetição do procedimento.

 

Além do câncer, a mamografia identifica outros problemas? Sim, o exame também flagra os cistos (alterações inofensivas do tecido mamário), os nódulos (formações sólidas que costumam ser benignas) e as calcificações (depósitos de cálcio que, em geral, não indicam perigo).

 

A partir de que idade o exame deve ser feito?  Para mulheres que não têm histórico de câncer de mama na família, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomenda fazer um exame anual a partir dos 40 anos. Mas se sua mãe ou irmã tiveram a doença, a mamografia é indicada dez anos antes da data em que as familiares foram diagnosticadas com o mal, não importando a sua idade.

 

Ouvi dizer que o exame dói muito.  O grau de desconforto depende da sensibilidade de cada mulher. A mama, uma de cada vez, é colocada sobre uma espécie de bandeja e é comprimida, o que deixa o exame mais dolorido para as mulheres com pouco peito. Uma dica: evite fazer o exame no período pré-menstrual, quando as mamas estão mais sensíveis. Portanto, quem se encontra em idade fértil e tem mamas sensíveis deve marcar o exame após a menstruação, entre o quinto e o décimo dia do ciclo. Nessa fase, as glândulas mamárias contêm maior quantidade de gordura, sendo naturalmente menos sensíveis. As mulheres que não menstruam podem escolher qualquer dia para realizar o exame. Mulheres menopausadas que fazem reposição hormonal podem apresentar sensibilidade durante a mamografia.

 

É verdade? A prótese de silicone dificulta o procedimento? Se ela estiver atrás do músculo peitoral, a interferência é mínima. Mas, caso tenha sido colocada na frente dele, pode, sim, encobrir alguma lesão. Então, o profissional usa uma técnica conhecida como Manobra de Eklund. Com as mãos, ele empurra o silicone para trás do tecido mamário e puxa a mama para a frente. Isso melhora o campo visual no raio X. Se o médico achar necessário, pode pedir pedir a ultrassonografia ou a ressonância magnética para complementar a pesquisa. A mulher com prótese deve informar isso à técnica e será submetida a um maior número de radiografias para avaliar o tecido mamário e as próteses. A chance de ruptura das próteses durante a mamografia é muito baixa, mas pode ocorrer naquelas muito antigas.

 

Existe algum exame que substitui a mamografia em mulheres mais jovens? A ultrassonografia é o exame recomendado para mulheres jovens, com menos de 40 anos, que costumam ter as mamas muito densas (com mais gordura e glândulas), o que dificulta a visualização de lesões não palpáveis. Para elas, a mamografia só será prescrita caso o médico ache importante.

 

Por que a mamografia deve ser realizada uma vez por ano? Para que eventuais tumores detectados entre um exame e outro sejam ainda de pequenas dimensões. Alguns tumores de mama crescem muito rapidamente, principalmente nas mulheres em pré-menopausa (geralmente até 50 anos), fazendo com que seja importante a periodicidade anual da mamografia. Após a menopausa, os tumores crescem mais devagar e mamografia poderia ser realizada até de dois em dois anos, a não ser que haja maior risco para a doença ou a mulher esteja em vigência de reposição hormonal.

 

Para que a biópsia é feita? A biópsia e a punção aspirativa de lesões encontradas nos exames de mamografia ou ultrassonografia também podem auxiliar na decisão da conduta médica, pois muitas vezes podem definir o tipo de lesão quanto à benignidade ou malignidade. Esses procedimentos podem ser feitos sob orientação da ultrassonografia ou da mamografia, com anestesia local, trazendo pouco incômodo à mulher.1

 

05 de fevereiro ? Dia Nacional da Mamografia

Com objetivo de conscientizar as mulheres sobre a importância da mamografia, que detecta a doença em seu estágio inicial, foi criado em 2008 o Dia Nacional da Mamografia, que é lembrado no dia 5 de fevereiro. A data foi escolhida por ser o dia dedicado à Santa Ágata, considerada protetora contra as doenças da mama e padroeira dos mastologistas.

Para marcar a data neste ano, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) lançou uma campanha a fim de chamar a atenção das mulheres para a importância do diagnóstico precoce da doença. As peças da campanha lembram que o direito à mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) está previsto em lei, e destacam que as chances de cura do câncer de mama são de 95%, quando diagnosticado na fase inicial.

O diretor técnico-científico da Femama, Ricardo Caponero, aponta que ainda falta conscientização das mulheres para a importância da realização periódica da mamografia. ?Antigamente, achávamos que havia uma falta de mamógrafos, mas hoje sabemos que eles estão presentes na maior parte dos municípios, mas mesmo assim apenas 30% das mulheres fazem o exame. Então, com certeza falta uma conscientização, falta mais as mulheres procurarem fazer o exame?.

Uma auditoria feita pelo Ministério da Saúde, em maio de 2011, detectou que 85% dos mais de 1,5 mil mamógrafos existentes na rede pública estão em funcionamento, número duas vezes maior que o necessário para cobrir toda a população brasileira. Segundo Caponero, a mamografia é considerada hoje o melhor exame disponível para o diagnóstico precoce do câncer de mama, principalmente nos casos em que o tumor ainda não está palpável e não há outras formas de detectá-lo. ?A mamografia é fundamental para o diagnóstico precoce, e é o que garante a cura para as pacientes, por achar o tumor mais cedo?, alerta.

O Ministério da Saúde vai investir R$ 4,5 bilhões até 2014 no Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, que tem como objetivo reduzir a mortalidade em consequência dos dois tipos de cânceres mais comuns entre as mulheres.2

 

No Brasil, por lei toda mulher a partir de 40 anos de idade tem direito à mamografia

A Lei da Mamografia (Lei 11.664), de 2008, dá direito à mulher, a partir dos 40 anos de idade, a fazer exame gratuito, segundo recomendação médica.

LEI Nº 11.664, DE 29 DE ABRIL DE 2008.
  
Dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde ? SUS.
Art. 1o As ações de saúde previstas no inciso II do caput do art. 7o da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, relativas à prevenção, detecção, tratamento e controle dos cânceres do colo uterino e de mama são asseguradas, em todo o território nacional, nos termos desta Lei.

Art. 2o O Sistema Único de Saúde ? SUS, por meio dos seus serviços, próprios, conveniados ou contratados, deve assegurar:

I ? a assistência integral à saúde da mulher, incluindo amplo trabalho informativo e educativo sobre a prevenção, a detecção, o tratamento e controle, ou seguimento pós-tratamento, das doenças a que se refere o art. 1o desta Lei;

II ? a realização de exame citopatológico do colo uterino a todas as mulheres que já tenham iniciado sua vida sexual, independentemente da idade;

III ? a realização de exame mamográfico a todas as mulheres a partir dos 40 (quarenta) anos de idade;

IV ? o encaminhamento a serviços de maior complexidade das mulheres cujos exames citopatológicos ou mamográficos ou cuja observação clínica indicarem a necessidade de complementação diagnóstica, tratamento e seguimento pós-tratamento que não puderem ser realizados na unidade que prestou o atendimento;

V ? os subseqüentes exames citopatológicos do colo uterino e mamográficos, segundo a periodicidade que o órgão federal responsável pela efetivação das ações citadas nesta Lei deve instituir.

Parágrafo único.  Os exames citopatológicos do colo uterino e mamográficos poderão ser complementados ou substituídos por outros quando o órgão citado no inciso V do caput deste artigo assim o determinar.

Fontes: Grupo Rosa e Amor ? Pesquisa em Revista Boa Forma e Fleury Medicina Diagnóstica / Garra Feminina 

Autor(a): Grupo Rosa e Amor ? Pesquisa em Revista Boa Forma e Fleury Medicina Diagnóstica / Garra Feminina

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