Os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil sofreram mais um golpe contra os seus direitos. O presidente Michel Temer sancionou, no dia 31 de março, o Projeto de Lei que regulamenta a terceirização no país. O Congresso Nacional votou um projeto que estava engavetado desde 1998, atendendo aos interesses dos empresários poderosos, e logo em seguida veio, a reboque, a sanção do presidente, dando assim o golpe de misericórdia nos trabalhadores.
Mais do que um golpe contra a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), esses deputados covardes que votaram a favor desse Projeto de Lei cometeram um crime contra o Brasil. A terceirização significa atraso, precarização dos serviços, exploração do homem pelo homem e o empobrecimento da classe operária. No serviço público, a terceirização significa o fim. Fim na qualidade dos serviços prestados em todas as áreas, em especial na saúde, na educação e na segurança; fim na transparência, pois a terceirização abre as portas de entrada para a corrupção; fim nos fundos de previdência públicos, pois a terceirização arrebenta com os fundos de previdência dos municípios, estados e até mesmo da União, devido à ausência de concurso público, e decreta que os servidores públicos serão uma categoria a caminho do fim, da extinção, ou seja, “extinto quando vagar”.
Esses políticos inescrupulosos que votaram a favor desse projeto da terceirização, ou de qualquer outro projeto que retira direitos dos trabalhadores, merecem a nossa repulsa e devem ser execrados da política brasileira. Eles se aliaram e estão comprometidos com os empresários capitalistas que só visam o lucro e o poder à custa do sangue e da vida dos trabalhadores e trabalhadoras. Esse governo que aí está é um governo comprometido com os interesses do mercado financeiro e não tem nenhuma identidade ou ligação com as causas e questões sociais do seu povo. É um governo que nos traz a triste lembrança de uma nobreza encastelada que desfruta da riqueza e goza de privilégios dentro do Palácio, enquanto do lado de fora o povo doente passa fome e morre esquecido.
É dever de todo sindicato e de todas as entidades dos movimentos sociais neste momento se levantarem contra este governo elitista. É necessário que toda classe trabalhadora, que os estudantes, os aposentados, os intelectuais e os artistas façam um pacto de unidade na luta contra este governo reformista, que está nos tirando direitos conquistados há muitos anos. Direitos que custaram o sangue e a vida de muitos companheiros. Temos que ser contra este governo do retrocesso. Temos que ser contra este governo que quer acabar com a nossa Previdência Pública para favorecer banqueiros.
O povo brasileiro não aguenta mais!
Basta!
A favor da dignidade dos brasileiros e pelo bem da nação, vamos todos para ruas já!
Rumo à Greve Geral dia 28 de Abril!
O Brasil vai parar!
Cosme Nogueira é Presidente da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Minas Gerais (FESERP-MG) e Secretário de formação sindical da CSB.
Autor(a): Cosme Nogueira - Presidente da FESERP-MG
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