Artigos e Poesias

Construindo a resistência

Caros colegas Servidores (as), passei o dia acompanhando as discussões nos grupos de Whats Zap e, vou relatar o que penso diante do que li.
Percebo, e é compreensível, o nível de TENSÃO que paira nos grupos de colegas, o que certamente está estendido às salas das repartições onde trabalhamos.
 
É INDIGNO trabalhar sobre constante temor de perder direitos básicos.
 
É INDGNO viver sob constante TERRORISMO INSTITUCIONAL, que é a prática que esse governo demagógico implantou desde o início de sua desastrosa indiGESTÃO!
 
Reflito, como um Gestor quer buscar eficiência dos seus subordinados, se esses estão sendo vilipendiados em seus direitos e, naturalmente, estão desestimulados a sequer trabalhar, quanto mais, dar o máximo de si?. Sabemos de caso de pessoas entrando em depressão por conta disso.
 
Porém, peço aos colegas, que NÃO PERCAM A FÉ em si mesmos, na luta, e muito menos em vossas entidades representativas, pois é o momento que mais precisamos de vocês UNIDOS, COESOS e prontos para a luta que se horizonta. Uma entidade sem sua base apoiando coesamente, não é nada!
 
Quero lembrar aos críticos que vocês têm todo o direito de criticar, mas quero frisar que tais críticas devem vir com SUGESTÕES DO QUE FAZER, pois algumas delas, certamente serão ouvidas e encaminhadas nas reuniões.
 
Quero ainda esclarecer aos críticos das reuniões que o Fórum Sindical tem feito com os Deputados que, numa Democracia, entidades devem se conversar, deve haver o diálogo incessante, antes que medidas mais ENÉRGICAS sejam tomadas, até pq é assim que a legislação define o DIREITO DE GREVE. O Direito de Greve para ser legitimado deve ser construído, com reuniões, assembleias etc, é um ritual jurídico NECESSÁRIO. Além do que, nesses diálogos, muitas vezes acalorados, as ponderações feitas aos deputados são importantes no convencimento destes, pois são oportunidades em que são mostradas as incoerências do Governo etc. São reuniões para exercer a pressão e garantir o direito à greve, devendo na sequência, cada entidade, conforme seus respectivos estatutos, convocarem suas assembleias gerais para dar início aos indicativos de greve e à própria greve.
 
Quero lembrar ainda que se não fosse o Fórum Sindical e poucos servidores guerreiros no finalzinho de dezembro, em vigília constante na AL nas últimas seções, o projeto do teto de gastos teria sido votado ou estaria sendo votado agora, mas ali se firmou um ACORDO (fruto das negociações) para que o mesmo fosse votado, apenas em seções ORDINÁRIAS, o que nos dá tempo de diálogo e organização.
 
Não é demais lembrar que lá em outubro ou novembro, me falha a memória, o Fórum Sindical convocou, COLETIVAMENTE (cada entidade o fez na forma do seu estatuto), uma Assembleia Geral para mostrar que, o futuro para nós seria tenebroso com a PEC 241 e com o PLC 257 em nível Federal. Na ocasião, embora mais de 2000 servidores presentes, entendíamos que era para serem pelo menos uns 10 mil, diante da gravidade do cenário, que, conforme prevíamos, seria o que estamos enfrentando agora, talvez até um pouco piorado. 
 
Ainda em Dezembro, organizamos um Seminário e truxemos um PHD em Economia pela USP que veio falar da PEC, do PLC e da DÍVIDA PÚBLICA, e ainda o Vice Presidente Nacional da ANFIP (Assoc. dos Auditores da Receita Federal) para alertarmos da perversidade da Reforma da Previdência, com o intuito de ORIENTAR e ALERTAR os colegas dos FALSOS ARGUMENTOS que o governo tem se valido para justificar tamanhas desumanidades contra nós. Haviam 280 vagas, mas tivemos apenas cerca de 150 servidores, que saíram assustados, porém, conscientes do seu direito e da canalhice retórica do governo.
 
De mais a mais, penso que, devemos estar sim VIGILANTES, pois diante de uma RENÚNCIA E INCENTIVO FISCAL da ordem de 2 BILHÕES e 400 MILHÕES, diante do Pagamento de Juros e Amortização de juros (sistema da dívida) na DÍVIDA PÚBLICA DA ORDEM DE 600 MILHÕES (divida essa que NUNCA foi auditada), diante de uma SONEGAÇÃO FISCAL apontada pela CPI de 2 BILHÕES E 500 MILHÕES, diante de uma DÍVITA ATIVA junto a credores que soma mais de 15 BILHÕES e que sequer é executada num ritmo a contento, diante do excesso de REPASSES AOS PODERES , sempre a maior que a necessidade desses, como forma de barganha política, diante dos PRIVILÉGIOS TRIBUTÁRIOS DO AGRO NEGÓCIO que não é revisto, diante da corrupção na SEDUC de mais de 56 MILHÕES,  diante de categorias do MP, TJ, TCE extremamente PRIVILEGIADAS, esses sim os verdadeiros marajás do serviço público, com salários nababescos, diante do desperdício de recursos públicos como o gasto de gasolina de um ano da AL que daria para dar 200 VOLTAS AO MUNDO, COMO EU POSSO FALAR EM CRISE, se estou dispensando mais de 20 bilhões em receitas??? Não somos bobos, e não DEVEMOS ACEITAR a retirada de direitos 
 
A luta será travada, com fatos, argumentos técnicos e muita resistência, porém precisaremos, mais do que nunca, DE UNIÃO, da força do coletivo na rua, e se necessário for, RADICALIZANDO, acampando dentro da AL com barraca, fazendo greve de fome, fechando entradas do Centro Político e o “escambau de bico”. Temos de mostrar que não estamos para brincadeira, vamos constranger as autoridades quando as encontrarmos nas ruas, bares e restaurantes (com educação, claro. Sem agressão física), mas façamos nossa cobrança.
 
A LUTA apenas começou. Tenham paciência, pois os dirigentes não estão dormindo, ao contrário, estão em vigília permanente desde a maior GREVE GERAL que MT já presenciou.
 
Confiem nas entidades, e cobrem sim, seus representantes, mas participem, pois, para cobrar, é necessário se fazer presente quando convocado à lutar!!!
 
Antônio Wagner Oliveira
Dir. Jurídico do SINPAIG
Coordenador da CSB MT

Autor(a): Antônio Wagner Oliveira Dir. Jurídico do SINPAIG Coordenador da CSB MT

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