Artigos e Poesias

Mudança de ramo

Após o atestado de incompetência dado pelos nossos dois principais Institutos de Pesquisas - o Datafolha e o Ibope -, inclusive, com a sua outrora infalível “boca de urna”, sugiro que mudem de ramo.

Como atividade comercial, o cinco de outubro determinou a falência das duas.

Errar às vezes é tolerável. Mas, errar tão escandalosamente em grande parte dos Estados, é sinal de fadiga de material, para sermos elegantes.

Sempre ouvi dizer que as pesquisas feitas no início do processo eleitoral apresentam resultados para induzir o eleitor ao erro.

Em uma nação sem escolaridade desejada, ninguém gosta de perder a possibilidade de estar ao lado do vencedor, que representa o poder tão generoso em benesses.

Nos últimos dias de campanha tentam ajustar os números e os erros mínimos permanecem explorando os interessados candidatos.

Nestas eleições de dois mil e catorze os erros foram desmoralizantes.

Do pesquisador exigem-se escrúpulo, ética e conhecimento para a aproximação de uma realidade futura.

Por isso, quando falhas descabidas são cometidas, a empresa está inviabilizada para o mercado consumidor. A desconfiança já existente na manipulação da intenção dos votos, apenas se confirma.

Será que alguém terá coragem de contratar esses institutos citados para pesquisas no segundo turno das eleições presidenciais?

O pior não é pagá-los, mas sim, a divulgação nos órgãos de imprensa considerados de credibilidade de resultados tão descabidos.

Acredito que daqui para frente essas pesquisas só serão utilizadas para consumo interno.

A solução para essas firmas empenhadas em “adivinhar” o resultado de uma eleição sem a observância dos princípios éticos seria, no mínimo, mudar de ramo comercial.

A população agradece.

GABRIEL NOVIS NEVES é médico em Cuiabá, foi reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Autor(a): Gabriel Novis Neves

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